Miradores

03 dezembro, 2010

*Sei Não Falar de Flores*


Sei não falar de flores...
Nem sei o que quero dizer com isto tudo.

Vomito veneno a cada sorriso torto, em cada respiração entrecortada.
Quando tudo parece estar perdido; agarro-me à lembrança das coisas boas que vivi a teu lado. Nestes momentos, nos quais tudo que busco é o reconfortante silêncio da solidão, me pego enchendo-me de esperanças...

Nascidas de ti, do recordar-te!
Mesmo que eu não queira; vens-me a mente!
Isto é o que me acalenta nas minhas noites sem lua, nas minhas cinzas manhãs...

Mesmo o peito sendo dorido a cada novo dia, quando encaro a xícara solitária na mesa, e miro com olhos turvos o assento onde antes te punhas a rir de minha canhestrice ao preparar nosso dejejum.

Um riso tão doce...

Onde andará teu sorriso agora?
Onde anda minha felicidade agora?
Que olhos vêem teu riso?
Saberão eles a magnitude do que vêem?
Ou o relegarão ao lugar-comum dos 'risos-de-dentista'?

Aquele esgar maldito, de animal moribundo, ao qual os obtusos e parvos chamam "sorrir"?
Sem nunca tomarem ciência que - talvez - teus olhos não brilhem para si, como faziam para mim e os meus, enlevados, retribuiam a ti! E o fazem até hoje!

És feliz agora?
Rogo que sim.
Se sou feliz?
Alegre: sim.
Feliz?... Somente ao lembrar-te!

Amo-te!
Anseio nunca envergonhar-me de dizer "TE AMO!".
Espero que jamais te aflijas com este fato: Amo a ti!!

Tranquei-me no fundo duma cela, onde somente o brilho do teu sorriso penetra!

Sou tolo?
Iludido??
Desenganado???

Sou!
Sim SOU!
Tudo isto e muito mais!!

Gostaria de te falar, ao menos te ver...
Mas nós brigaríamos se eu tentasse!

Gostaria, então, de ter com quem falar, alguém que me ouvisse apenas.
Não quero opiniões, conselhos, julgamentos morais!

Apenas alguém que me escute, em silêncio; sem concordar, sem discordar, sem julgar!
Me sinto tão isolado dos demais!

O preço que pago pelas escolhas que fiz/faço/farei ao longo dos dias que inda me restam!
Pairam sombras sobre mim!

O sol já não me aquece, nem a noite enche minh'alma de poesia.
Continuo somente por temer a morte...

E, temendo-a, me viro em um zumbi: sem vontade, sem sentido, sem pensamento ou emoção!
Assim sigo para meu ocaso derradeiro!

Quando a lembrança do reflexo do brilho de teu olhar no meu será a última coisa que terei.

*Frank J. Costa*

15 outubro, 2010

*Apenas espessa treva: uma escuridão sem-fim!*


Vinho ocre:
amargo odor,
doce sabor!
Sozinho=Fúria!
Contigo=Paz!
Contudo.?.

Na alva areia da praia de minha esperança,
escrevi teu nome entrelaçado ao meu.
Jubiloso vi como as letras se combinavam;
mesclavam;
formando signos ancestrais.
A chave que me tornaria pleno.

Salgada saudade.
Desejo citrino.
Cristal opaco...
Errado,
correto, torto.
Amor Profundo!!

E no momento exato em que tudo parecia perdido...
o céu com teu sorriso-de-sol
a dissipar toda a névoa em meu derredor!

*FrankJ Costa*

05 outubro, 2010

*Canto de Amor, Paixão, Cinzas e Sangue*

Tenho fome: de tua boca; teu sorriso; teus olhos; teu cabelo...
Isto me nutre!! A mim não basta o pão a cada dia; a aurora me deprime!
Te sinto todos os dias inteiros, todas as horas completas; em todos os lugares: à minha volta e em mim...
Desejo-te, anseio por ti, tua presença, teu cheiro, teu sabor!
Necessito os sussurros melodiosos de tua celeste voz que encantam-me a audição com palavras milifólias; eternos...

Com imorredoura certeza da Alma Rubra de Desespero e paixão... Entrego-me à profundidade doira do Olhar de Desejo!
E, por todos os meses, pela noite e em todas; imploro a Zéfiro que te traga a meus braços... Oro aos Titãs que te salvaguardem, que Kronos te leve consigo sempre!

Pois tenho sangue em minhas mãos e cinzas sobre minha cabeça.
Vislumbro o Futuro com olhos esgazeados pelos fulgores de sóis de mil passados!
Onde cada sombra e fragmento de mosaico imontável por humanas mãos.
Porém, impassível de desmonte por atos divinais!

Na alva areia da praia de minha esperança, escrevi teu nome entrelaçado ao meu.
Jubiloso vi como as letras se combinavam; mesclavam; formando signos ancestrais.

O vento de meu medo levantou-se em revolta, buscando apagar cruelmente aquela chave que me tornaria feliz.
E no momento exato em que tudo parecia perdido, o céu de tua face iluminou-se com teu sorriso-de-sol, dissipando toda a bruma de meu temor!

Mas teu sol já está no ocaso, no horizonte medonha noite se aproxima: sem promessa de lua ou juramentos de estrelas.
Apenas espessa treva, uma escuridão sem-fim!

Eis, pois, que periambulo em vielas umbráticas, em ermos guetos...
Louco desejo de encontrar-te!
Doida vontade que teu olor me envolva.
Teu calor me desperte a cada manhã, banhando meus olhos na luz que de ti irradia: mais numiosa que todos os sóis os quais jamais verei!


*FrankJ Costa*

17 setembro, 2010

*Adeus!; Amor de Mim!*

Adeus!
Amor de Mim, adeus!

Antigas canções; aonde quer que eu vá: saudades.
Beijos, cartas, certezas que compartilhamos...

Carrasco da paixão!
Exagero na fome gris que me dilacera.

Juntos: Jurí, Juiz e Executor!
Apartado de ti: vítima de crime hediondo!

Putrefaço pálido na sede de te amar..
Sombra do tempo em que meu universo era tua vida!

Eternidade plúmbea!
Imorredoura! Infinita!

Jamais momento houve em que a morte não me fosse preferível a ficar sem Ti!
Oceânica planície onde jazo, decompondo tudo que não pude ser...



*FrankJ Costa*

09 setembro, 2010

Cansaço...



Na verdade, mais que tudo, eu estou cansado:

Cansado de ser "velho" ou "novo e sem experiência" pra uns empregos que tentei.
Cansado dos gêneros que as pessoas fazem de si mesmas...
Cansado de criar expectativas que não se justificam (por isso não 'expecto' mais coisa alguma)!

Cansado de ouvir coisas como "tu tens que entender", ou "tu precisa se permitir mais", ou "tu deve ser mais sensível", ou "tu precisas ser leve", ou "tu precisas ir na igreja" ou qualquer outra babaquice com o mesmo sentido de 'religião de auto-ajuda'; mas quando eu questiono estes mesmos 'apóstolos salvadores' não serem capazes de responder o que devo 'entender', ou 'me permitir', ou 'sensibilizar-me', ou 'levitar' ou 'a religião - igreja' que me salvará... Já que é muito fácil pra os que estão de fora dar opinião (mas não solução) para problemáticas que apenas eu sei como são, pois sou eu que as vivencio.

Cansado de abrir minha boca pra dizer "eu prometo" e depois fazer um esforço quase inumano para cumprir minhas promessas; mas continuar ouvindo as coisas do parágrafo acima!
Cansado de não conseguir ser diferente do que SOU, porquê NÃO CONSIGO ME VER DIFERENTE DISTO!!!
Ser um 'altísta social', passo muito tempo isolado do convívio dos outros mesmos meus conhecidos (amigos???) mais antigos...

Cansado de ouvir as pessoas se rasgarem em elogios de "tu és uma pessoa muito inteligente"; mas evidentemente insto não servir de muita valia...
Cansado (por culpa exclusiva minha) das pessoas saberem poder contar comigo para guardar seus segredos - alguns tão pesados que fico angustiado de não poder desabafar...

Tô começando a ficar CANSADO DE VIVER!!


*FrankJ. Costa*

26 julho, 2010

*Sem Devolução*

Todas as coisas que te dei, não me as devolvas.

Não as querendo mais? Atira-as ao lixo, queima-as, retalha-as com tesoura (ou faca), joga-as ao liquidificador, tritura-as; mas não me as devolvas!

Jamais queiras tu ferir-me de morte assim... no que escrevi e dei-te foi minha verdade, minha felicidade toda te dei; em cada verso perfeito, cada rima áurea.
Não me as devolvas...

Guarda contigo todas estas partes - que já foram e não mais são - minhas! É tudo teu agora: cada palavra rebuscada, cada cifrograma talhado no papel, cada lágrima deitada sobre a lauda vazia quando revelava minha tristeza; tornando-me ainda mais incompleto, de ti dependente, a cada nova linha traçada.
Não me as devolvas!

Imploro: não me tornes completo de forma outra que não com teus abraços e beijos, carne e espírito.
Mas não devolvas parte alguma minha de todas as que te dei!!
Leva-as consigo aonde fores: aqui ou além. Para mim deixes somente as lembranças; as cicatrizes; as dores; a solidão!
Não me cures apenas para que eu viva sem ti!
Não me as devolvas...

Agora acaba-se!
Por escolha e vontade, quero estar distante e ciente de tudo quanto te concirna.
Partiste! E um dia chegará... no qual passarás pelo Umbral.
Nada restará aqui, em mim: a não ser o doce recordar-te!

Suplico! Nada tens a devolver-me!
Permita eu ser sombra: resquício infiel do que esperancei tornar-me junto a ti!
Desejo indelével!
Impraticável por sua intrínseca natureza: ser contigo inteiriço!
Mas não me as devolvas...

Vá! Salva minha alma!
Ela está no que, de mim, agora te pertence!

E não há devolução..!..

*frankj kosta*

25 julho, 2010

*entrudo*

Eu… e apenas…
Permita que te proteja dos perigos que te afligem,
(Compreenda)
Não há quem te deseje mais.
Vivo numa angústia que parece não ter fim.

Caí nas sombras...
Agarre meus braços, arranque-os!
(Compreenda)
E, se puder, volte!
Com as mesmas palavras, o mesmo sentimento.

Deixe-me ficar...
Tu és quem mais desejo.
Minha maior preciosidade...
(Compreenda)
Não me abandone... Com a mesma dor...

Tenho medo que as Trevas me destruam,laguna
Minha cura e salvação estão em tua mão,
(Compreenda)
Proteja-te-me.
Sou uma mera sombra...

Tendo você em mim,
O medo não me consumirá
(Compreenda)
Não conseguirei viver sem ti,
Apenas...

*frankj kosta*

*fala comigo!!!! (por favorzinho...)*

figura066

Escrevo textos...
Cada um deles, parecidos comigo...
Com meu humor evidentemente trágico e negro!

Há!
Exagero!
Eu apenas falo de dor!
A dor que só quem ama mais do que admite pode sentir!

Levando em consideração a forma que sou...
Até que exponho bem meus sentimentos!
Mas sei ser parva minha 'caligrafia' perto da torrente de tua literária graciosidade.

Sinceramente, sei não escrever tão bem quanto tu...
Não tenho tua alma lírica, nem tua leveza de espírito!
Sei que apenas faço eco ao passado!

Bem... passado, presente e futuro são como todo o resto: dependem da perspectiva pela qual se olha.
Meu passado é muito presente, mas porque eu QUERO que seja assim:
tenho lembranças boas demais pra permitir que ele "passe"...

Por isto me agarro a ele como se fora meu único bote salva-vidas (e há momentos que tenho certeza de assim ser!!!)
Não tenho medo do futuro, sequer tomo consciência do presente; mas é no meu 'pretérito mais-que-perfeito' que residem os momentos mais radiosos, se não sublimes, que jamais pensei viver um dia!!!

Então meu passado contigo tornou-se minha régua, meu peso e minha medida pelas quais enxergo e avalio o mundo que me cerca e empareda!!
Entendes minha confusão? Pareço fazer referência à outra coisa que não consegui perceber?
Ou isto é claro para ti?!

Isso que dá 'falar' com gente paranóica como eu!
Num instante sou teu servo mais leal,
no seguinte teu inimigo mais letal!
Mas em tudo isto há (SEMPRE) o amor que te dedido!

Boa noite e sonhos bons!
Pois de pesadelos...
Sei bastarem os meus!

*frankj kosta*

24 julho, 2010

*petrus sum, acqua est*

Minhas mãos não têm-te, não sinto mais esta alegria,
Mantenha a calma...leve, escura e sem sonhos!
Muito abaixo do abismo!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Não quero, mas não consigo NÃO sentir nada por ti!
Fico de luto por mim...

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Nada consegue empalidecer o amor que sinto!
Perdi-me pelos caminhos... E todos me levam a ti!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Quero ser como tu!
Que as barreiras derretam e nos deixem à sós novamente...


Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Sussurrando...
Assombrando...
Creio que nosso amor nos poderá ver através da morte!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Deixe-me cuidar de ti.
Quero estar no chão frio contigo, há espaço para dois lá!
Não não sofro por ti! Eu sei: ainda irei por ti!
Sem você aqui em meus braços, minha vida não é...

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Tu não estás só!!!
Não importa o que façam, o que digam!
Você não está só!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Estarei (para sempre) a teu lado!!
Sei que lembrará disto; de mim!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Nos deitaremos em meio a uma felicidade silenciosa!
Na bruma que disfarça o mar...



*frankj kosta*

21 julho, 2010

*nau depredada*

É noite... No horizonte há um barquinho ancorado, luzes acesas, nenhum movimento.
Água passa languidamente por sua volta, em toda parte.

No céu poucas estrelas me vêm olhar...
Testemunhas únicas da lágrima solitária que desce, vincando minha face. Escrevendo no rastro de sua queda toda a curva da muda dor que guilhotina minha alma: a silenciar esperanças, sufocar alegrias, matar sonhos; decompondo minha existência, asseverando eu ser nada...

Já não me encontro, perdi-me no escuro bosque do arrependimento.
Embrenhei-me nas profundas florestas da saudade!
Atirei minha vida por inteiro, do alto precipício, no labirinto inescapável do amar-te!
Nada possui cor, aroma ou sabor. E pelas paredes vítreas do labirinto observo sem ser visto - sequer sentido - a todas as gentes que proscrevem minha presença, antepondo suas traves confortáveis para, assim, negar-me às suas vistas!

Sem jamais tocar as paredes...

Mantemos-nos assim: ignorantes e ignorado; em precário equilíbrio sem que aqueles nunca busquem compreender a este; que tenta - em desespero - reunir-se ao único ente que já amou.
Tendo minha angústia alimentada pela recusa deste em aceitar-me de volta como amante!!

Todavia posto-me à sua espera, aguardando qualquer oportunidade de ser-lhe próximo, esperando por coisa qualquer em que possa-lhe ser útil!
É nestes brevíssimos momentos que o bosque clareia, a floresta rasa, acho fuga do labirinto e sei-me feliz!!
Para somente assim poder sorrir ao Sol que nasce, ao invés de dele esconder-me...
O sol surge no horizonte, o céu veste seu manto carmim-ciano-branco, a manhã me traz esperança, agarro-me às lembranças; que são preciosidades que ainda me alentam...

E quando partires para outras venturas, me restará a lembrança de teu sabor adocicado, tua pele aveludada, teu opíparo olor!
Te vais e nada fica, a não ser a mágoa da contagem regressiva; pois agora é um dia a menos que possuímos.
Subtraindo-se de minha vida como a areia que cai em uma ampulheta. Brutalizo minhalma em busca de qualquer insensibilidade, qualquer ilusão... Nunca logrando vitória!!

E a vivência ôca de todas as coisas mortas será a única guia da pérfida lágrima que entalhará em meus olhos o brilho vazio da desesperança!
Deste olho cego a vislumbrar um navio derivando, sem poder compreender que aquela nau perdida e eu somos a mesma e única coisa: apenas esperando pelo momento libertatório de ir a pique e descançar no seio das planícies oceânicas.



frankj. kosta

19 julho, 2010

À Mingua










Tenho nada; sou ninguém.



Sou a borboleta louca, meretriz maldita, isolada do convívio dos demais!






Não me vire as costas, não me deixe aqui...






Sou a vagabunda abandonada; a piranha, o câncer que cresce no coração da alma!!






Mas não me vire as costas, não me deixe aqui...






Estende tua mão! Me resgata, me socorre!
Não me bate! Não me expulsa!
Sou a sombra do meio-dia, o brilho da meia-noite.
Sou só, semente caída em terra árida...

Não me vire as costas, não me deixe aqui!!



Sou Orfeu, descendo ao Hades em busca de sua Eurídice.

Mas não me vire as costas, não me deixe aqui!

O que busco?
Carinho? Atenção? Liberdade?
Alguém que me comande?

Estou com cansaço... das noite frias, da cama vazia, do prato só na mesa...

Da vida sem ti!

*frankj kosta*

17 julho, 2010

*Esquina de Lugar Nenhum*


O céu chora nesta tarde de sol!
Sei que o faz por mim...

Pois conhece meu medo de começar e não conseguir conter jamais a torrente de lágrimas que se avolumam em meus olhos; doridos – em profundo – da ausência que me farás!
Do abismo que tua partida cavará em mim...
E aqui me encontro: nu defronte ao espelho!

A luz fecha-se sobre ti. Com ela vão-se os últimos resquícios de sanidade!
Mas a lembrança continua aqui: qual fera acuada a arranhar as paredes da jaula; embrutecida demais para dar-se conta dos ferimentos que sua angústia causa a si...

Sigo em frente, tateando na escuridão nascida de tua falta!
Iludindo-me em braços outros, enganando-me com outros timbres!
Mitigo minha sede de ti bebendo de outras fontes sem (jamais) saciar-me!
Restando-me, apenas, viver neste limiar obscuro entre a inexistência e o nada; vivendo de tudo que não te disse!
Danei-me para todo o sempre no momento em que disse “TE AMO!!”.
Também Sei não adiantar o arrependimento... Não há volta!!!

Às vezes, na rua, um olhar, uma orelha, um nariz, uma mão me farão lembrar-te; pois não sei fazer mais nada que não seja TE AMAR!
És gravado a-ferro-e-fogo na memória e no coração...
Sempre esperançoso de ter-te novamente comigo; e contigo ter de volta a parte de mim que ri, canta e dança com toda a alma; a plenos pulmões; até a exaustão...

Permaneço aqui, nesta esquina de lugar nenhum, esperando um trem que não chega; um avião que não pousa; um navio que não ancora!

Aqui fico Eu! Por Ti esperando!!

*frankj costa*


14 julho, 2010

Vira-ano

Originalmente postado em 9 01 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)


Virada de ano…
Promessas que todos se fazem, mas ninguém sabe se cumprirá.
Uma vez me disseram “Se você vira o ano trabalhando, terá trabalho o ano inteiro.”, pensei que o inverso também pode ser verdade: se está sem trabalho e vira o ano, passará o próximo do mesmo jeito.
Também me disseram que no Japão vira-se o ano usando preto caso não se queira que o ano tenha mudanças grandes e significativas. Pensei que isto pode ser válido se está-se satisfeito com o conjunto atual de sua vida… Mas… mas…
Estando desempregado e virar o ano de preto significaria o quê?
Gastei muito tempo pensando nisto e só consegui uma certeza: que gostaria(desejo) muito que você estivesse ao meu lado – comigo – e pudéssemos ver o novo ano nascer no primeiro dia, e ter os corações tomados por esperanças novas e Grandes Expectativas.
Porém estou/sou só!
Então te desejo a felicidade íntegra e absoluta neste ciclo novo!
Que assim seja!!!

*Frank j. Costa*

11 julho, 2010

Ich liebe Dich!!


Às vezes penso que não passo de um menino chorão...

Muito lembrei a mim, a ti, a nós!
Não tenho meu sextante; minhas cartas de navegação? ... atirei ao profundo mar!

Minha bússula traça sempre a mesma rota: todos os caminhos levam a ti!
Outrora, eu astro errante; prendi-me a orbitar-te.
Sempre e sempre, mais e mais...
Sou teu humilde servo, quiçá escravo, se assim me quiseres!

Seguir abrigado em tua sombra é a Luz que ofusca minha consciência...
O tempo, o espaço, não há o que exista perante tua presença!

Contudo, tua presença não está mais ao meu alcance...
e os parvos momentos que te-me-aproximas plenam-me com tanto prazer, alegria e felicidade que embriago a alma, entorpeço a mente desejando "NÃO vás!", És meu Dragão; em teus braços entrego o meu ser.

Não. Não espero retribuição... teu olhar meigo é mais do que posso desejar!

Extrapola o que mereço!! Outrossim és-me a mais doce Maya: meu opíparo do qual sorvo a essência e esta abre-me a mente, atirando-me no turbilhão convulsivo do amar-te.
Desejei sentir o simples êxtase das coisas, descobri que não consigo sem ti!!


Obrigado por tudo, bom ou não, que tenho contigo!


*Frank J. Costa*

26 junho, 2010

Inharmônico


este é novo



Eu?
__Serei o mesmo?

______________ou vislumbro meu sonho? (quê??)

Eu próprio?

______________ou algum outro? Qualquer outra coisa?



______________Místico?

__________________________Monstro?

_____________________________________Mítico?


O sol caminha para seu sono

Meu olhar se perde na recordação
_____________________
Tenho bons dias em meus sonhos
____________________ Ponho-me em tuas horas


Quero o amor da chama infinda

Toco-te com meus olhos....

Tua pele ri de mim



...Eu choro...

*Frank J. Costa*

Nulo de Nada; Nada de Ninguém

Originalmente postado em 29 11 2009 no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Silvam às árvores…
Farvalha o vento nos galhos,
eternidade cantante,
nada, de ninguém.

Assim sigo na obscuridade.
Digo “sim” à ignorância!
Busco alívio no esquecimento…
Nulo de nada!


*Frank J. Costa*

Requiem

24 junho, 2010

*Te Vejo Então*

Originalmente postado em 23 09 2009 no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Ojos Asì

De tez bruna, olhos avelãs, nariz afilado, lábios finos; corpo pueril e imberbe, cabelos como a noite. Odor delicado, pele macia…

Desejo teu toque, deglutir teu sabor, respirar o hálito expirado de teus pulmões!

Ter-te próximo a mim, aninhar-te no aconchego de meus abraços, ouvir os sons de teu corpo enquanto dormes:

O coração batendo compassado…
O perfume de ti espairando pelo ambiente…
Intoxicando-me com a excelsa leveza de ti!
Impregnando minha existência com tua presença inolvidável…

Descerrar meus olhos e ve-te; porém – antes mesmo de despertar – sentir teu calor envolvendo-me como um cobertor diáfano, perene, reconfortando meu existir!!
Ouvir tua voz e tê-la como sino fantástico da imorredoura emoção que jaz encerrada em meu âmago.

Sentimento sôfrego que busca defletir-se à refrega que convulsiona e assoma sobre todos e sobremaneiramente sobre mim…

Estupefaço-me estupendamente frente ao algoz terrificante de mim: Recordar-te!!!!

Brutal ardil que enrodilha minha existência,
isolando-me do pneuma numinoso que (como alento)
atenuaria o vazio excruciante que preenche meu ser.
Embotando a percepção de mim…
Opróbrio infindo que fustiga com látego inexaurível minh’alma!!

No entanto, persiste a emoção: Cálida,
Irredutível,
Diáfana.

Permanece constituindo um marco do mais puro jaspe encrustado na mais alva carrara.
Diamantino e inabalável em seu existir; remanesce intocada e íntegra como pérola de regiões marítimas abissais…

Tal emoção assim tão magna,
embora prisioneira,
é-me sustentáculo!
Emperdeniza minha alma e mente
frente a tudo e todos!
Fazendo-me galgar alturas sidéras,
levando-me à paragens ermas!

Fecho meus olhos e deixo que o vento lave todas as amargas memórias; seque toas as lágrimas de meu rosto!
Doo-me e permito que Ninfas levem-me pelos braços além da penumbra, além do Umbral.

Abro meus olhos e…
Te vejo então!
Abro meus olhos e…
Te beijo então!
Abro meus olhos e…
Te sinto então!
Abro meus olhos e…
Te amo então!

*Frank J. Costa*

*OPOSTOS/SOTSOPO*

Originalmente postado em 18 01 2010 no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Luz/Sombra
Sim/Não

Oposto, mas não desiguais!
Complementares dessa existência que se sabe Humana.

Deste calvário ao qual chamamos “amar”…

Senda de mistérios insondáveis…
Canyon de certezas mortas

E na Mortalha dos Esquecimentos me envolvo e espero por ti:

Pórtico Supremo que transubstanciará minha essência e me tornará o que jamais poderei ser a não ser a teu lado!

Posto que teu AMOR é TUDO que me falta!

*Frank J. Costa*

Vox Meii

Originalmente em 05 02 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Ocaso

Ouvirás minha voz antes de teu derradeiro Crepúsculo
E nas trevas cairás,perecerás
Ouça a minha voz, minha sentença

Ouça-me e perca-se-me

Minha voz será o teu requiem
Teu convite para a Morte e apelo
Para teu infortúnio eterno

Ouça-me e perca-se-me

Nas trevas sonharás
Antes do último Ocaso
Antes que a Lua surja

Ouça-me e perca-se-me

Morrerá em ti a minha lembrança
E tua vida em mim como a palha secará
Meu requiem de Morte e desterro

Ouça-me e perca-se-me

Adeus aos beijos, às canções!
Sou carrasco de Cartas jamais escritas
A saudade é a sombra do tempo em que tua sede era saciada na minha boca
Não mais!

Ouça-me e perca-se-me

Ao fechar o dia perecerei
Tua lembrança, ao amanhecer, em mim fenecerá
Minha lembrança, em ti, findará

Ouça-me e perca-se-me

Putrefaço sozinho,
na esperança de ficarmos
juntos novamente!!

Ouça-me e perca-se-me

*Frank J. Costa*

Crepúsculo

22 junho, 2010

Litania de Silêncio

Originalmente posta em 12 03 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Rua do Silêncio

Ai de mim…
O Silencio fala: de mim, comigo, para mim, mas não por mim!
Ele não te fala da saudade que me devora as entranhas… Não te conta da esperança que nutro no meu âmago!!

Estes dois pólos entre os quais gravito e que recitam insistentemente a mesma cantilena:

Ai de ti…! Quando as estrelas todas se houverem apagado e tudo existir na mais profunda escuridão… A lembrança de sua voz será a única coisa a garantir-te tranqüilidade em tua vida. Neste abismo caótico que se oculta sob a mansa e ilusória placidez da superfície da tu’alma… Ai de ti… O turbilhão incontrolável que te move para frente e simultaneamente paralisa a mente dilacerada que já não possui, agora, sequer o mais tênue rastro de autoconsciência. Tão aturdida que encontra-se; presa do abismo intransponível da autocomiseração insidiosa, “desmisericordiosa” ate! Ai de ti!! Que choras a sombra dos desejos jamais realizados. Das glorias nunca cantadas. Ai de ti: que te tens deixado perder nos temporais da angustia muda, detentora de mil gritos teus, possuidora de clamores infindáveis…

Ai de mim… Ai-de-mim…
Pois inexorável a canção prossegue; e eu, que aguardo teu retorno que nunca chega; tua presença que nunca me basta…

*Frank J. Costa*

Nativo da Treva

originalmente postado em 4 04 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Talvez qualquer pessoa hoje… talvez qualquer pessoa amanhã; mas para o resto de meus dias eu estarei sempre na manhã infestada pelos fantasmas da memória de teu cheiro a acordar meus sentidos. Pela tessitura tenra e acolhedora de teus abraços; tua pele recostada à minha; enchendo-me com a certeza incondicional do que sentes por mim e que jamais poderei explicitar como me senti ou como me sentirei.

Sequer consigo dizer-te como me sinto agora! Quiçá esta certeza que tenho seja ilusória, mas o que de concreto existe na vida humana? Quem sabe se realmente existem monstros no abismo e se estes – em verdade – olham-nos de volta quando encarados?? ‘Como pode, então, inspirar nos corações humanos a amizade; se tão contrário a si é o mesmo amor?’.

E na escuridão tateio em busca de tua face familiar e acalentadora.

*Frank J Costa*

#Grix Dies# (um dia cinzento)

Originalmente postado em 7 04 2010no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Sabe aqueles dias… nos quais tudo que se quer fazer é NADA?

Hoje foi assim comigo, nenhum motivo especial, nenhuma causa racional.

Apenas o reflexo da saudade que sinto de uma época em que a certeza de minha felicidade era absoluta e inabalável!

Comigo estes dias tem-se tornado cada vez mais lugar-comum; então vem alguém e diz:

"Você precisa se permitir mais..."

E isso enche meus olhos de nuvens de lágrimas ao fazerem lembrar quantas vezes ouvi esta frase de ti, e o quanto eu quiz [de profundis cor] me permitir tudo quanto tu quisesses ou viesses a querer (não que alguém se importe – afinal, já começo acreditar que

alguém

não se importa mais…)

Finalmente os outros concluem que sou (um tanto) excêntrico; ou que estou sempre inventando uma coisa ou outra para fazer, para lhes evitar a companhia. Mas… Hoje sinto vontade de nada!!!

O único desejo que ainda pulsa em mim é a terrível coceira no meu dedo de discar teu número telefônico apenas para ouvir tua voz… e; mas… o que eu diria a ti para justificar minha chamada?!

Então fico aqui, parado, escrevendo esta carta que nunca entregarei, neste blog que jamais lerás, onde – talvez – seja mais seguro… onde posso me esconder na anonimidade da informação do universo digital {escondido às vistas(??) de todos}!

Mas, mesmo assim, fico preso à luz bruxuliante deste dia gris, desta noite erma e abissal que assola minha mente com a recordação de uma Felicidade tão doce e punjente que até hoje não entendo como pude permitir que ela escorresse por entre meus dedos e fosse levada pelo Vento Norte. Ouço no fundo da minha mente tua voz declarando

“Tu tens que te permitir mais….”

PERMITIR?

PERMITIR!?

PERMITIR?!?!

O QUE MAIS ‘POSSO’ ME “PERMITIR”?!?!
O QUE MAIS QUERES QUE EU ME PERMITA?

(EU me PERMITI deixar PARTIRES!!!)

Mas tenho medo de te pedir para voltar e assim fazer com que vás ainda mais para longe de mim…
E agora fico aqui:> chupando o dedo, pensando na morte da bezerra e no casamento da viúva com a raposa (naqueles dias pálidos onde há chuva-e-sol)!
Com o coração tão comprimido no peito que, às vezes, chego a pensar que ele não mais pulsa… De tanta tristeza que ele carrega fez greve esperando por tua volta!

*Frank J. Costa*

21 junho, 2010

Por isso te perdi…(?)

Originalmente postado em 14 04 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Tenho anotado, em algum lugar, todas as coisas que me escreveste. Umas outras tantas que me disseste, ainda ecoam em minha memória.

Vai daí… Esta minha incapacidade de desvencilhar-me de ti!! És presente nos mais insignificantes pormenores de minha vida… Lembro de ti até dormindo!

Então resolvi me reformular!! Posto eu ser sempre CRIATURA DE MIM! Eu, criador de mim!!!

A versão anterior era muito mais

“Dane-se tudo e todos, que vão todos pro inferno, junto comigo!”.

A nova versão é mais

“que se dane! Tenho direto de ser feliz; nem que seja sozinho!!!”.

Pois não são os mortos de corpo que me assustam e me dão medo… são os de mente e de alma; estes me assustam muito mais!

Presos em suas mortalhas de carne, ossos e frustração! Mascarando suas maldades com um verniz de polidez ácida…

Temo ficar assim!

Temo perder-te ainda mais em mim!

Temo perguntar se ainda me tens em ti…

Nunca mais teu cheiro me acordou!

Nunca mais tua voz meu sono embalou!

Nunca mais me aqueci no teu coração!

Passo frio longe de ti!

Passo fome londe de ti!

Passo da sanidade longe de ti!

Externo meus sentimentos em forma de palavras,

Assim me fragilizo e vulnerbilizo.

Sei demonstrar, declarar o meu amor

e tu, talvez, jamais saiba o bem que me faz,

e o desespero que sinto, ao pensar em viver sem isto.

Tenha a certeza de em cada sorriso,

em cada gesto,

em cada elogio,

e até nas discussões,

sempre estará o meu amor por ti.

Não deixe de me amar,

se for possível,

e perdoe meu jeito de “ser” amor….

É a forma que sei,

é o que tenho a oferecer,

é o meu melhor.

É mais forte do que eu,

continuo… porque eu preciso te dizer:

“Eu amo você”.

“Passarinho, queres tu brincar comigo?”

*Frank J. Costa*



*PRISÃO SEM MUROS*

Originalmente postado em 21 04 2010 no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Nada me é tão claro quanto a Solidão

Nem mesmo o ciúme, que vez por outra me acomete, é assim tão explícito.
Minha Solitude ganhou ares titânicos na mesma noite em que senti teu calor, pela vez derradeira, dissolver o frio residente de meu espírito. No momento exato em que teus olhos deixaram de brilhar por mim; para mim!
Neste instante, bem neste, Soledade avivou-se e adentrou – perpetuamente – minha existência (que tornara-se ôca de signos e significados).

Mas ela é indiferente à minha dor e ri-se das parvas e esparsas tentativas por mim feitas de mitigar-lhe a tirania.
Contudo não consigo odiá-la; pois, sendo tu sua causadora, seria-me o mesmo que odiar a ti!

Feito este que é-me impossível!…

Posto serem os recordos que tenho de ti o único motriz que impulsiona meus pulmões a inspiração-expiração.

O lembrar-te: a única Luz que faz-me sorrir nos plúmbeos dias de sol!

Amar-te descompassadamente é o que induz meu coração pulsar empurrando o sangue pelas veias ao ritmo das músicas que juntos cantamos.

Tudo em mim vibra na intensidade justa dos versos e poemas que trocamos, das confidências e segredos que compartilhamos.

Da mão – sempre estendida – prolongam-se dedos tenazes, como vermes-vampiros, partindo em busca de tua carne, teu calor; meu nariz enxerga teu perfume açucenal em cada ser; meus ouvidos sentem tua voz, os sons de teu corpo, mesmo no mais hermético cofre – ou no mais profundo abismo oceânico; minhas pernas e pés não sabem deixar outro rastro que não seja o teu!!

Já não possuo pegadas próprias…

Meus olhos não discernem coisa outra que não seja o reluzir do sorriso franco que ilumina tua face e tantas vezes – mesmo agora – rejubila minh’alma!

Decerto sejas a unicidade de meu contentamento,

de minha consternação e nostalgia também o és!

Saciedade da implenitude de mim!!

E assim perdido, perambulo na vagacidade de meu existir buscando resgatar quiçá o limiar de toda a felicidade que me proporcionaste e que te retribuí tão canhestramente – mesquinhamente -, sempre intentando ocultar minhas deficiências de espírito, meus vícios de caráter.
Meu canyon impreenchível.

Tentei jamais perder-me-te, porém tu te foste para longe do meu lado e eu permaneci aqui:
Prisioneiro da estase provocada pelo amor que dedico a ti…

És, pela Eternidade, meu ópio causador de meu êxtase.

Então??

Preso por vontade” me mantenho.

Isto é tudo que posso fazer: trancafiar-me nesta minha prisão sem muros!!


*Frank J. Costa*


Alan Jackson - Remember When