Miradores

31 maio, 2018

*De Paixão Platônica e outras Bugigangas*

Hoje, numa corriqueira viagem de ônibus, recostei a cabeça na janela. Enquanto o sol banhava meu rosto, escutava uma das minhas playlists.
Comecei a pensar em paixão, amor e morte.

Cara! Eu sei que falei que achei que estava me apaixonando, e era só isso. Não é amor. As pessoas desenvolveram esse habito vicioso, nefasto, de achar que amor e paixão são iguais.

Pois não são.


E por não serem iguais, agora to curtindo uma bad "plus moins important". Acho que ainda lembras as pontuações.
Eu sou assim: falo o que sinto, o que penso, o que quero, como quero. E isto não é pressão. Como falei certa vez, apresento o que tenho, quem sou, o que posso fazer; e dou liberdade pra pessoa decidir.
Claro que quero ser correspondido (quem não quer?!) mas MAIS IMPORTANTE, quero que tu queiras corresponder, porque é da tua vontade.
Não por achar que é algum tipo de obrigação. Mandei uma música do Lulu Santos justamente pra reforçar o que eu tinha dito.
As pessoas sempre dizem:

 "ain, quero um namoro sério, alguém que me dê carinho, sossego, afago, atenção, segurança".

Eu eu penso: Putz!! Elas me querem!! É o que eu faço, é o que eu dou. Mas elas ficam comigo? NÃO. Porquê??

Porque, provavelmente, é só da boca pra fora essas pretensões.
Elas querem mesmo é sofrer.

Eu não quero sofrer. Quero ser feliz.
Mas entendo que ninguém é perfeito e por isso é preciso amar os defeitos, as falhas, os medos que a outra pessoa tem. Mas isso dá trabalho.
Ninguém quer ter trabalho. Isso requer viver, experienciar a existência, na pele, no osso. Ao invés de pelas lentes da câmera pra postar na internet.
Te sentiste sob pressão?
 

Puta que pariu!!


Nunca foi minha intensão! Mas eu só falo. Sempre falo.
Até sugeri que perguntasses pra outras pessoas sobre meu comportamento, mas enfim. Não creio que o vás fazer.
A conclusão lógica e racional é que, PODE ter sido divertido, mas tu não me quer na tua vida. Nem como amigo, nem amante, nem namorado, nem ficante. Tu me quer na tua vida como um NADA.
Mas OK, é um direito teu. Tens liberdade pra fazer isso.
Uma vez tu disse que se preocupa de magoar as pessoas com as coisas que dizes, mas e quanto às coisas que (não) fazes? Garanto, uma ação ou uma não-ação ferem muito mais que quaisquer palavras que se possa dizer.

Eu entendo. Pelo que sei. Tu tem bastante distrações. Sou apenas +1.
E duvido que queiras fazer contato com quem tu acha que ta fazendo pressão e exigindo algo. Já acho o máximo tu não ter me bloqueado. Block porque? Sei lá! A maior parte do tempo as pessoas são incoerentes e estranhas.
Eu imagino que não estejas me evitando, que apenas queira um tempo pra respirar (e provavelmente esquecer de mim, afinal temos perspectivas diametralmente opostas); quem sabe (com um nível de sorte que não costumo ter) ainda sinta minha falta.
Mas, o mais provável é que, sem interferência de um elemento externo, não vai mais rolar msgs entre a gente.
E não haverá esse tipo de ação externa, porque não tenho tanta penetração na tua vida, não houve tempo pra eu entrar no teu círculo de amizades e "seduzir" (entre aspas) a galera pra de repente eles serem meus "advogados" (aspas de novo).

Mas também, não pretendo puxar assunto; só alguma bobagem aleatória no Facebook, talvez Instagram. Nada muito íntimo...
Íntimo demais, de uma intimidade que não tenho certeza de que queres continuar me dando. Pensei em perguntar, mas não é porque EU to me sentindo um lixo, que tu estarias me detonando assim.), então preferi acreditar que, como tu deu a entender nas conversas, tu teria atitude suficiente pra dizer as coisas na minha cara, como a gente combinou várias vezes. E esta mensagem é exatamente isto: eu sendo honesto e sincero contigo, como prometi ser.

No fim, o problema é que to muito triste com o resultado que alcancei (fruto de eu ser bocudo). E agora to numas de achar que qualquer demonstração minha de carinho será interpretada como pressão pra tu corresponderes. Tô um tanto (bastante/muito) decepcionado, comigo mesmo.

Deixo apenas esta última pergunta, e só isto gostaria que tu respondesse: há algo que ainda dê pra salvar entre a gente (amizade, o que for)?; pois, se houver, eu quero salvar isto.

Se te incomodei, me desculpo.

Beijos.

*frankj costa*

13 maio, 2018

(*Hoje não*)



Olho teus statorum rio, penso em responder.
Vejo coisas no instagram, lembro de ti, penso em te marcar.
Fecho a conexão de dados e o WiFi apenas pra escrever...


Lembro de uma música de Marisa Monte que diz

"Tô com sintomas de saudade, to pensando em você. Te quero cada dia mais".

Tô experimentando uma pequena crise de ansiedade.
Saí pra beber, 5 brejas,
Passei o dia com ressaca. Faziam anos que eu não sofria de ressaca...


Quando tenho tempo, fico relendo nossa conversa, te vejo online e fico desejando que me mandasse um "oi".
Pensei em mandar mais algo, então lembro que prometi não te atazanar.


É... Os sintomas indicam que tô me apaixonando. E eu sei que tu não estás na mesma sintonia.

Minhas opções:

1- Largar de mão;

2- Te convencer a me dar uma chance;
3- Agarrar o que temos, seguir em frente e extrair o melhor que puder.


E, racionalmente, a alternativa mais saudável a longo prazo é a #3.
Mas e pra ti?!
Porque, pra mim, tua opinião conta.


O pior momento é a dúvida.
Hoje, já tenho dúvidas de que eu seja bem vindo.
Eu sei deveria perguntar.
Mas hoje -impressionantemente- me vejo sem forças e coragem.

Nada me foi prometido,
mas também nada me foi ofertado.
Nada me foi tirado,
também nada me foi dado.


E, hoje, já não posso crer em mais coisa alguma a não ser na morte.
E, fica a ecoar nas profundezas de minha mente, uma vez antipática que recita aquele verso de Drummond:

"[…]
Entretanto você caminha
melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá. Não se mate."
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É CERTO.
Como tudo o mais na minha vida: definitivo, absoluto e eterno.



*Frankj Costa*