Miradores

26 fevereiro, 2015

Haiku nº IV












All lovers of the world,
 at some point,
offer the moon as a proof of love.
If, someday,
they realized that the cold glitter
 of the Moon smile is a smirk of disdain...
Is who forgot
 - crazy in passion -
 that even the moon has a dark side...















17 fevereiro, 2015

Não me conheces

Não sabes nada sobre mim: meus sonhos e meus medos.
Se me conhecesses, entenderias minha saudade, meu sorriso em lágrimas...

 
Você não pode dizer quem eu sou.

Talvez tenhas entendido quando eu disse o quanto você é especial!
Porque eu sempre esperei ser capaz de dizer a alguém, o quanto é especial para mim.


Mas você não é capaz de dizer quem eu sou.

Suas palavras, suas carícias ...
Eu acreditava que éramos "um para o outro".

 
Você pode não saber dizer quem eu sou.

E você não pode acreditar em minhas palavras.
E quando, esta mesma dor ... Loucura !!!

 
Você não sabe dizer quem eu sou.

Se você me conhece, você vai entender o que eu sinto.
 
E você não pode saber dizer quem eu sou.

Aqui ...
são apenas ....
palavras ...
no vento ...






*frankj costa*

O Desenganado Enganador

 un-,mistake,negative,injustice,non-





Penso que estás enganado,


quando afirma que ele engana-se


por supor que tudo seja engano.

 





Cosmic Warp






07 fevereiro, 2015

Haiku nº VIII











O melhor do mundo

flores, música, luar,

sol, chuva, terra...



Não diga nada.

ouça o silêncio...

sussurrado no limiar.



Não há mais luar.

ficarei aqui

à volta da fogueira.



Nuvens ligeiras

A dança que jamais termina.

lágrimas secas.









06 fevereiro, 2015

Haiku nº X


















Corre sob os pés,
fazendo com que se sinta,
olhar para fotos e vídeos.
 
Permita simplesmente ver.
Toda essa beleza,
mesmo que já não mais exista.











Numa mesa, sob o quebra-luz...


http://animalshow.com.br/tag/abandono/


                         Não deveria ser; mas tem momentos que a solidão é tão acolhedora...

Sento a um canto, acendo um cigarro, enquanto vejo a fumaça que ascende lembro da tua voz -plena de sorriso- dizendo com aquele tom jocoso de quem lê piadas numa revista.

O amor é famélico, nunca contentando-se com migalhas.


Sinto o lábio se arqueando num parco sorriso; desses risos indecisos entre amarelo e saudoso, e penso com meus botões:

É idiotice, eu sei. Mas fazer o quê? Sinto tua falta. Tem vezes que eu queria que o tempo voltasse, só pra tentar fazer certo, desta vez.”.


Trago o cigarro e tento fazer aquelas rosquinhas de fumaça que já vi em tantos filmes noir, tantas vezes a teu lado. E, de novo, só consigo aquela nuvem amorfa: nenhuma rodela, nem rosquinhas, nem coisa alguma. Meu sorriso fica mais largo, agora eu rindo da minha estupidez.

Jamais consegui fazer uma sequer, ao longo da última década, e sinceramente nem sei porque ainda insisto...


Pego outro cigarro, e fico me encarando no reflexo da minha cigarreira de aço polido; tal qual um espelho.

"Talvez eu me sinta incapaz de fazer alguém feliz.". Penso me olhando no reflexo pálido.


"Porquê?" Lembro de te ter perguntado, certa vez, numa sorveteria; e você respondeu:


Porque me dá um medo desgraçador disso tudo: ser feliz, amar... medo de ser bom. Medo de gostar. Eu tenho esse medo; de que tudo que nos faz bem, temos medo.

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