Miradores

19 julho, 2010

À Mingua










Tenho nada; sou ninguém.



Sou a borboleta louca, meretriz maldita, isolada do convívio dos demais!






Não me vire as costas, não me deixe aqui...






Sou a vagabunda abandonada; a piranha, o câncer que cresce no coração da alma!!






Mas não me vire as costas, não me deixe aqui...






Estende tua mão! Me resgata, me socorre!
Não me bate! Não me expulsa!
Sou a sombra do meio-dia, o brilho da meia-noite.
Sou só, semente caída em terra árida...

Não me vire as costas, não me deixe aqui!!



Sou Orfeu, descendo ao Hades em busca de sua Eurídice.

Mas não me vire as costas, não me deixe aqui!

O que busco?
Carinho? Atenção? Liberdade?
Alguém que me comande?

Estou com cansaço... das noite frias, da cama vazia, do prato só na mesa...

Da vida sem ti!

*frankj kosta*

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