Miradores

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29 junho, 2023

*Ecos pelo Caminho*

"Saudade/Amor/Solidão/Abandono/Escárnio/Solitude"

Palavras que revoam, ecoam, em minha mente enquanto caminho pelas ruas da cidade, nas madrugadas vazias.

Uma noite que cai e me engolfa para escuridão; como um manto de tristeza e desespero.

Um amor que nunca conheci. Um vago que me consome, mesmo estando cercado por pessoas. Eu sinto falta de algo que nunca tive.
 
Para onde me dirijo? Que destino me aguarda ao término desta peregrinação eremítica?

Tenho por única companhia e consolo a solitude. Então caminho, ao deus-dará, sem rumo, sem destino. 
Solto e errante, apenas caminho, tentando fugir de mim mesmo. Tentando fugir das frivolidades que me consomem.

A solução está em aberto. Quiçá eu reencontre a serenidade que (talvez) almeje. Oxalá eu reencontre o findamento que tanto anseio.

20 agosto, 2016

*De Profundis Intrudo*


A alma se rompeu, 

sangue escorrendo pelas minhas mãos... 

O olho turva e a luz apaga-se uma vez mais... 

 

Pois a Flor do Abismo desabrochou. 

Consumiu meu coração... 

E nada restou. 

 

Então a Escuridão toma conta de todos os corações: 

Quebrados, mutilados, destruídos. 

Não há mais motivos para viver... 

 

Sempre há uma prisão neste mundo: um sonho, uma paixão. 

Nunca mais, a esperança de que a luz voltará a brilhar.



 

04 julho, 2016

A um amigo que não está mais aqui... Sua Epifania Final!


Estamos no quarto dia de julho do ano 2016.
No terceiro dia sou de algo que ocorrera no segundo.

E esta é a última carta que escrevo, e a primeira que ele não lerá.

Diego Vieira Machado foi o nome que recebeu ao nascer; mas ele não cabia num nome só. Só os pobres de espírito, os tacanhos e mesquinhos, os medíocres cabem em apenas um nome, então ele tinha outros: Diego J Dick era um, D.J.Dicks outro, zefirus.

Para todos estes nomes, para todas as coisas que puderam ser, para todas as coisas que poderiam ser; ele também era Ninho!

Ele era meu amigo! Ninho era quem ele era para nós - seus amigos - um pouco também nossa mascote da turma, nosso queridinho!!

Nosso amigo


E então chegou a notícia:

"Amigos republiclandianos, perdemos um dos membros do nosso grupo. O nosso amigo Diego J Dick teve sua vida brutalmente ceifada
Para mim é triste saber a forma como aconteceu, em pensar em seu sofrimento e desamparo.
Cada um recebe a notícia da sua forma. Eu que gostava tanto dele, que compartilhávamos carinho e sorrisos,
Eu a recebo com pesar e com desejo, dentro de minhas crenças, que sua alma esteja em um lugar melhor...
Até um dia, meu amado Ninho!"

Morreu porquê?!

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Revoltante, aviltante,  humilhante! Raiva.
E nenhuma dessas palavras descreve meus olhos ardendo, meu corpo tremendo...

E, como desgraça sempre vende jornal, vários canais noticiosos começaram a ecoar a morte de meu amigo. Então foi a vez das pessoas, aquelas mesmas pobres de espírito, os tacanhos e mesquinhos, os medíocres; de tirarem sua máscara de "cidadão de bem" e mostrar o que realmente são:

Cada comentário:
"só dão esse ibope pq era gay, morre cidadão de bem e ninguém liga" (será que lembram eles do pedreiro Amarildo? Ou de Fabiane Maria de Jesus??);
"Até parece q todo homossexual é santo". Não, nem todo homossexual é santo, assim como nem todo 'hétero' é santo; não existe isso de santidade.

Reduzem a pessoa ao fato de ser gay. Como se isso justificasse a morte dele.
Desqualificam a pessoa...

O que direi agora será cruel, tão cruel quanto o que muitos disseram, pensaram, riram pelas costas e se fingiram de sentidos: lhes desejo tormento igual ao que meu amigo Ninho passou, em quantidade e qualidade.

Não, isto não fará sentir-me melhor. Levará um tempo, não sei quanto, e depois irei melhorar um pouco mais; mas sem ele pra me fazer rir com as bobagens que às vezes ele fazia questão de contar. Sem mais eu poder fazê-lo rir com minha implicância imbecil...
E eu sei que nossos amigos devem tá pensando em coisa igual.
Deixando-nos com saudades; mas livre do sofrimento.

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Neste momento vivemos o egoísmo da morte; porque ele se foi, tá livre. E para seus amigos ficou essa herança de triste e saudade e desgosto e raiva.




Não sei se existe pós-morte, não sei se existe alma, reencarnação, deus ou qualquer outra bugiganga consolatória destas que as pessoas gostam de dizer. Me dói ver alguém dizer "deus o chamou para o seu lado."; porque penso 'Porra. jeovah, e precisava deixar espancarem meu amigo até a morte!??! Não podia o feito dormir placidamente e simplesmente não acordar, como foi com Marília Pêra?' Que acontece com esse "amor" que todos dizem que esta divindade sente???
Mas isso não muda o fato simples que meu amigo Diego não morreu simplesmente, foi ASSASSINADO por esta gente hipócrita, covarde, pobres de espírito, tacanha e mesquinha; os medíocres.



Mas, para ele, que dizíamos que escreveríamos um livro juntos, dedico este quase-poema: Que ele agora tenha sua

O corpo já não é habitado.
A alma não sei se existe.
Mas se há a eternidade,
Ela é as lembranças que
temos daqueles que amamos.

E que estas recordações
jamais empalideçam.
Que se fortaleçam na
certeza que agora ele não
sofrerá nunca mais novamente.






02 janeiro, 2016

Da Comiseração e Outras Tormentas


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Se pela força da distância, ou dos erros cometidos,
ou da vaidade ferida, você se ausenta...
Por que sinto tua falta?

Qual o por que desta saudade?
É só você que me provoca essa saudade vazia...

Então não te vejo, mas imagino tuas expressões, tua voz, teu cheiro...
E gostaria de pensar que pela força que há na saudade você voltará.

Sigo a andar, às vozes, em minha cabeça, recito nomes de flores...
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"

E sigo a pensar...

Eu quis ficar aqui mas não podia
a hora é de deixar

Já vou embora
O meu caminho a ti não conduzia

Eu, velho e cansado, me deito
Enquanto a Morte espreita... 

No meu canto eu lhe dizia
Que ele faz parte de minhas alegrias...

Ninguém do erro livre está. 
Nem da incompreensão, 

Ou do equívoco,
do mal-entendido.

Mas ainda bate em meu coração 
Uma esperança infantil do reatar. 

Como um cão que aguarda a volta de seu tutor, 
Anseio em teus braços mais uma vez repousar. 

Pois amor é o que há mim. 
E tu és sempre a razão de meu sorrir... 

15 abril, 2015

HAIKU Nº VII

http://molo.me/Frankjkosta
A mão, ávida, percorre a bandeja...
Copos que não vieram, garrafas vazias, cestinhas desprovidas de seu conteúdo.

A boca, voraz, macera tudo, rasga, perfura, mastiga...
A garganta, sôfrega, deglute, engole; estalando de prazer e saciedade.

Os dedos, lépidos, manipulam, usam, exploram o alimento que as mãos buscam, a boca macera e a garganta engole...

Morre uma vida para que a minha se sustente.

06 abril, 2015

Haiku nº XXII


http://nlwirth.com/blog/



olhos tristes,
uma lágrima cai,
a noite vem...


adeus,
eu preciso de você.
nosso amor morreu....



http://pixabay.com/pt/inverno-neve-%C3%A1rvore-invernal-coroa-632169/

17 fevereiro, 2015

Não me conheces

Não sabes nada sobre mim: meus sonhos e meus medos.
Se me conhecesses, entenderias minha saudade, meu sorriso em lágrimas...

 
Você não pode dizer quem eu sou.

Talvez tenhas entendido quando eu disse o quanto você é especial!
Porque eu sempre esperei ser capaz de dizer a alguém, o quanto é especial para mim.


Mas você não é capaz de dizer quem eu sou.

Suas palavras, suas carícias ...
Eu acreditava que éramos "um para o outro".

 
Você pode não saber dizer quem eu sou.

E você não pode acreditar em minhas palavras.
E quando, esta mesma dor ... Loucura !!!

 
Você não sabe dizer quem eu sou.

Se você me conhece, você vai entender o que eu sinto.
 
E você não pode saber dizer quem eu sou.

Aqui ...
são apenas ....
palavras ...
no vento ...






*frankj costa*

06 fevereiro, 2015

Numa mesa, sob o quebra-luz...


http://animalshow.com.br/tag/abandono/


                         Não deveria ser; mas tem momentos que a solidão é tão acolhedora...

Sento a um canto, acendo um cigarro, enquanto vejo a fumaça que ascende lembro da tua voz -plena de sorriso- dizendo com aquele tom jocoso de quem lê piadas numa revista.

O amor é famélico, nunca contentando-se com migalhas.


Sinto o lábio se arqueando num parco sorriso; desses risos indecisos entre amarelo e saudoso, e penso com meus botões:

É idiotice, eu sei. Mas fazer o quê? Sinto tua falta. Tem vezes que eu queria que o tempo voltasse, só pra tentar fazer certo, desta vez.”.


Trago o cigarro e tento fazer aquelas rosquinhas de fumaça que já vi em tantos filmes noir, tantas vezes a teu lado. E, de novo, só consigo aquela nuvem amorfa: nenhuma rodela, nem rosquinhas, nem coisa alguma. Meu sorriso fica mais largo, agora eu rindo da minha estupidez.

Jamais consegui fazer uma sequer, ao longo da última década, e sinceramente nem sei porque ainda insisto...


Pego outro cigarro, e fico me encarando no reflexo da minha cigarreira de aço polido; tal qual um espelho.

"Talvez eu me sinta incapaz de fazer alguém feliz.". Penso me olhando no reflexo pálido.


"Porquê?" Lembro de te ter perguntado, certa vez, numa sorveteria; e você respondeu:


Porque me dá um medo desgraçador disso tudo: ser feliz, amar... medo de ser bom. Medo de gostar. Eu tenho esse medo; de que tudo que nos faz bem, temos medo.

http://blog.moshe.com.br/index.php/

10 março, 2013

Então Assim Ficamos-nos

Então fica-se assim:

Você aí com suas ideias que me ferem, e eu aqui ficando a fingir que me importo com coisas outras que não meu sofrimento, que é nascido do sofrimento que existe em ti.

Mas aí acabamos nisso: em fingir, te firo.

Agora seguimos por caminhos apartados: numa penumbra que obscurece meus sentidos e enxerga o vazio primevo do abismo existente em meu âmago.

Pouco importa eu declarar que qualquer ofensa não fora intencional...

A ofensa foi "feita" e nutro a impressão de que este é o único fato que parece te importar em detrimento de todos os outros, em detrimento da realidade objetiva dos fatos.

Daquilo ocorrido entre nós de tudo quanto se viveu

 É um direito que te assiste e porquanto eu discorde de o usares, recolho-me a minha evidente baixa significância aparente.

Por isso escrevo aqui onde sei que não haverás de ler.

Salvo por alguma fortuidade imprevista...