25 abril, 2017
O Destruidor de Corações
05 outubro, 2010
*Canto de Amor, Paixão, Cinzas e Sangue*
Isto me nutre!! A mim não basta o pão a cada dia; a aurora me deprime!
Te sinto todos os dias inteiros, todas as horas completas; em todos os lugares: à minha volta e em mim...
Desejo-te, anseio por ti, tua presença, teu cheiro, teu sabor!
Com imorredoura certeza da Alma Rubra de Desespero e paixão... Entrego-me à profundidade doira do Olhar de Desejo!
E, por todos os meses, pela noite e em todas; imploro a Zéfiro que te traga a meus braços... Oro aos Titãs que te salvaguardem, que Kronos te leve consigo sempre!
Pois tenho sangue em minhas mãos e cinzas sobre minha cabeça.
Vislumbro o Futuro com olhos esgazeados pelos fulgores de sóis de mil passados!
Onde cada sombra e fragmento de mosaico imontável por humanas mãos.
Porém, impassível de desmonte por atos divinais!
Na alva areia da praia de minha esperança, escrevi teu nome entrelaçado ao meu.
Jubiloso vi como as letras se combinavam; mesclavam; formando signos ancestrais.
O vento de meu medo levantou-se em revolta, buscando apagar cruelmente aquela chave que me tornaria feliz.
E no momento exato em que tudo parecia perdido, o céu de tua face iluminou-se com teu sorriso-de-sol, dissipando toda a bruma de meu temor!
Mas teu sol já está no ocaso, no horizonte medonha noite se aproxima: sem promessa de lua ou juramentos de estrelas.
Apenas espessa treva, uma escuridão sem-fim!
Eis, pois, que periambulo em vielas umbráticas, em ermos guetos...
Louco desejo de encontrar-te!
Doida vontade que teu olor me envolva.
Teu calor me desperte a cada manhã, banhando meus olhos na luz que de ti irradia: mais numiosa que todos os sóis os quais jamais verei!
24 junho, 2010
Vox Meii
Ouvirás minha voz antes de teu derradeiro Crepúsculo
E nas trevas cairás,perecerás
Ouça a minha voz, minha sentença
Ouça-me e perca-se-me
Minha voz será o teu requiem
Teu convite para a Morte e apelo
Para teu infortúnio eterno
Ouça-me e perca-se-me
Nas trevas sonharás
Antes do último Ocaso
Antes que a Lua surja
Ouça-me e perca-se-me
Morrerá em ti a minha lembrança
E tua vida em mim como a palha secará
Meu requiem de Morte e desterro
Ouça-me e perca-se-me
Adeus aos beijos, às canções!
Sou carrasco de Cartas jamais escritas
A saudade é a sombra do tempo em que tua sede era saciada na minha boca
Não mais!
Ouça-me e perca-se-me
Ao fechar o dia perecerei
Tua lembrança, ao amanhecer, em mim fenecerá
Minha lembrança, em ti, findará
Ouça-me e perca-se-me
Putrefaço sozinho,
na esperança de ficarmos
juntos novamente!!
Ouça-me e perca-se-me