Miradores

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13 maio, 2018

(*Hoje não*)



Olho teus statorum rio, penso em responder.
Vejo coisas no instagram, lembro de ti, penso em te marcar.
Fecho a conexão de dados e o WiFi apenas pra escrever...


Lembro de uma música de Marisa Monte que diz

"Tô com sintomas de saudade, to pensando em você. Te quero cada dia mais".

Tô experimentando uma pequena crise de ansiedade.
Saí pra beber, 5 brejas,
Passei o dia com ressaca. Faziam anos que eu não sofria de ressaca...


Quando tenho tempo, fico relendo nossa conversa, te vejo online e fico desejando que me mandasse um "oi".
Pensei em mandar mais algo, então lembro que prometi não te atazanar.


É... Os sintomas indicam que tô me apaixonando. E eu sei que tu não estás na mesma sintonia.

Minhas opções:

1- Largar de mão;

2- Te convencer a me dar uma chance;
3- Agarrar o que temos, seguir em frente e extrair o melhor que puder.


E, racionalmente, a alternativa mais saudável a longo prazo é a #3.
Mas e pra ti?!
Porque, pra mim, tua opinião conta.


O pior momento é a dúvida.
Hoje, já tenho dúvidas de que eu seja bem vindo.
Eu sei deveria perguntar.
Mas hoje -impressionantemente- me vejo sem forças e coragem.

Nada me foi prometido,
mas também nada me foi ofertado.
Nada me foi tirado,
também nada me foi dado.


E, hoje, já não posso crer em mais coisa alguma a não ser na morte.
E, fica a ecoar nas profundezas de minha mente, uma vez antipática que recita aquele verso de Drummond:

"[…]
Entretanto você caminha
melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá. Não se mate."
-------
É CERTO.
Como tudo o mais na minha vida: definitivo, absoluto e eterno.



*Frankj Costa*


26 fevereiro, 2015

Haiku nº IV












All lovers of the world,
 at some point,
offer the moon as a proof of love.
If, someday,
they realized that the cold glitter
 of the Moon smile is a smirk of disdain...
Is who forgot
 - crazy in passion -
 that even the moon has a dark side...















27 dezembro, 2012

“A verdade é que você chega nesse mundo sozinho, e sai do mesmo jeito.” — Cazuza.



"O sandálo perfuma o machado que o feriu" (Legião Urbana-Mil Pedaços)

Mas e quando o machado são suas próprias escolhas?

Quando o sândalo é a expectativa do que jamais será??



Que se deve fazer?



Hoje o dia foi cinza, vazio, oco.
Hoje fui por onde íamos juntos.
Hoje, tive plena certeza da falta que me fazes...
"tempus mudus ad litteras" diziam os romanos antigos...
Um dia sem cartas, sem sms, sem facemsg. Sem chamadas a cobrar...



E esta saudade estúpida que arranha minha vontade. Esta comiseração galopante que me enche a mente de recordações que não quero evitar, mas preciso.
Mas como evitar se hão lembranças espalhadas por tantos lugares, por tantas vielas?
Como fugir se, quando não são recordações in factu, são ranços de desejos não realizados que me atocaiam pelas esquinas?
Sabia que ia doer, tinha noção da amplitude, mas não sabia com certeza concreta até o peito doer na primeira saída à rua.



Gostaria de desistir, de voltar atrás, mas isso também seria uma fuga.
E não se pode fugir de si mesmo...
Então se tenta comprar alguma ilusão, uma distração qualquer! Mas mesmo isto já não funciona.
Me pus além do véu, farpas de realidade que sempre rasgarão o tênue e delicado tecido das farsas sinceras, das honestas mentiras.
Não sei mais mentir pra mim mesmo, desaprendi a fazê-lo, levei mais de uma década para aprender e não vou retroceder.

"...É que eu já me acostumei

Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei..."



E busco validar minha decisão, nem isso consigo.

Paga-se um preço por tudo quanto se decide, e não há preço 'alto demais', mas existem aqueles que nos atiram à borda do Abismo, aquele lugar cinza onde não se sabe mais o porque de continuar.
É onde me encontro agora, receoso de que o Abismo que encare de volta e veja, no reflexo de seus olhos vazios, a sobra de mim mesmo, soterrada nos escombros de meus fracassos, na turbulência que assola minh'alma e me convence -instante a instante- que apenas a Morte me consolará.



Meus braços possuem um vão, nascido da ausência do teu corpo entre eles.
Minha boca está seca, pela ânsia dos teus beijos.
Meu corpo é frio, porque se viciou no calor que tinha próximo ao teu.
Agora, Tudo e Nada pesam a mesma coisa.
E meu espírito pesa ainda menos.



 Ahemai certamente devoraria meu coração, se ele não estivesse tão negro de mágoas, de dissabores. Tão apodrecido que sequer é digno de passar pela balança de Maat!


"...Com você por perto

Eu gostava mais de mim..." (Legião Urbana-La Nuova Gioventú)


Mas agora? Que você não está mais por perto?
Pois muito de mim é movido a amor, movido a paixão...




“Amamos quem nos ignora, e ignoramos quem nos ama .” 

— garoto-sex. 

22 julho, 2012

Jamais vu(*)


Muita coisa acontecendo…
Tanta decepção...
Aquele sentimento de impotência.
Aquela brutal saudade da vida de antes,
de quem se era antes...

De repente me descubro
Desesperadamente buscando alguém do passado
que me faça lembrar,
sentir, viver aquilo de novo...
Porém o tempo passou... e não percebi…
Nada é como antes, tudo mudou…

Aí peço aos céus que me enviem algo novo
Para acender a esperança...
Serei atendido??
Nem mesmo eu consigo explicar o que se passa.
Embora eu saiba que tudo passa:

Há dias que me encaro no espelho:
E surge aquela dúvida:
Será que sou isto?
Era isto que eu devia ser quando “crescesse”??

Não sei…
Tem tanta coisa que não foi dita
Não sei se sou tão feliz assim
Trabalho, amor...
Que falta sinto da leveza do meu sorriso.

Ainda sinto aquela estranheza
Aquele brilho difuso no teu olhar
Quando uma última vez me sorriste
Adeus” disseste, e não percebi que era definitivo
E agora ando em círculos

Não me reconheço mais naquele reflexo:
Agora mais velho (mas serei mais maduro?),
Por isso eu quero mais
Não dá pra ser depois
Minha hora é agora



(*) “Jamais vu” ["Nunca Visto"], expressão francesa que explicitamente significa não recordar ver algo antes. A pessoa sabe que aconteceu antes, mas a experiência faz-se sentir estranha. Descrito como o oposto do ‘déjà vu’, o jamais vu envolve uma sensação de medo e a impressão de observar uma situação pela primeira vez, apesar de, racionalmente, saber que se esteve na situação antes.
Jamais vu é frequentemente muito desorientador e distrativo.