Miradores

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17 setembro, 2010

*Adeus!; Amor de Mim!*

Adeus!
Amor de Mim, adeus!

Antigas canções; aonde quer que eu vá: saudades.
Beijos, cartas, certezas que compartilhamos...

Carrasco da paixão!
Exagero na fome gris que me dilacera.

Juntos: Jurí, Juiz e Executor!
Apartado de ti: vítima de crime hediondo!

Putrefaço pálido na sede de te amar..
Sombra do tempo em que meu universo era tua vida!

Eternidade plúmbea!
Imorredoura! Infinita!

Jamais momento houve em que a morte não me fosse preferível a ficar sem Ti!
Oceânica planície onde jazo, decompondo tudo que não pude ser...



*FrankJ Costa*

24 junho, 2010

Vox Meii

Originalmente em 05 02 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Ocaso

Ouvirás minha voz antes de teu derradeiro Crepúsculo
E nas trevas cairás,perecerás
Ouça a minha voz, minha sentença

Ouça-me e perca-se-me

Minha voz será o teu requiem
Teu convite para a Morte e apelo
Para teu infortúnio eterno

Ouça-me e perca-se-me

Nas trevas sonharás
Antes do último Ocaso
Antes que a Lua surja

Ouça-me e perca-se-me

Morrerá em ti a minha lembrança
E tua vida em mim como a palha secará
Meu requiem de Morte e desterro

Ouça-me e perca-se-me

Adeus aos beijos, às canções!
Sou carrasco de Cartas jamais escritas
A saudade é a sombra do tempo em que tua sede era saciada na minha boca
Não mais!

Ouça-me e perca-se-me

Ao fechar o dia perecerei
Tua lembrança, ao amanhecer, em mim fenecerá
Minha lembrança, em ti, findará

Ouça-me e perca-se-me

Putrefaço sozinho,
na esperança de ficarmos
juntos novamente!!

Ouça-me e perca-se-me

*Frank J. Costa*

Crepúsculo

22 junho, 2010

Nativo da Treva

originalmente postado em 4 04 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Talvez qualquer pessoa hoje… talvez qualquer pessoa amanhã; mas para o resto de meus dias eu estarei sempre na manhã infestada pelos fantasmas da memória de teu cheiro a acordar meus sentidos. Pela tessitura tenra e acolhedora de teus abraços; tua pele recostada à minha; enchendo-me com a certeza incondicional do que sentes por mim e que jamais poderei explicitar como me senti ou como me sentirei.

Sequer consigo dizer-te como me sinto agora! Quiçá esta certeza que tenho seja ilusória, mas o que de concreto existe na vida humana? Quem sabe se realmente existem monstros no abismo e se estes – em verdade – olham-nos de volta quando encarados?? ‘Como pode, então, inspirar nos corações humanos a amizade; se tão contrário a si é o mesmo amor?’.

E na escuridão tateio em busca de tua face familiar e acalentadora.

*Frank J Costa*

#Grix Dies# (um dia cinzento)

Originalmente postado em 7 04 2010no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Sabe aqueles dias… nos quais tudo que se quer fazer é NADA?

Hoje foi assim comigo, nenhum motivo especial, nenhuma causa racional.

Apenas o reflexo da saudade que sinto de uma época em que a certeza de minha felicidade era absoluta e inabalável!

Comigo estes dias tem-se tornado cada vez mais lugar-comum; então vem alguém e diz:

"Você precisa se permitir mais..."

E isso enche meus olhos de nuvens de lágrimas ao fazerem lembrar quantas vezes ouvi esta frase de ti, e o quanto eu quiz [de profundis cor] me permitir tudo quanto tu quisesses ou viesses a querer (não que alguém se importe – afinal, já começo acreditar que

alguém

não se importa mais…)

Finalmente os outros concluem que sou (um tanto) excêntrico; ou que estou sempre inventando uma coisa ou outra para fazer, para lhes evitar a companhia. Mas… Hoje sinto vontade de nada!!!

O único desejo que ainda pulsa em mim é a terrível coceira no meu dedo de discar teu número telefônico apenas para ouvir tua voz… e; mas… o que eu diria a ti para justificar minha chamada?!

Então fico aqui, parado, escrevendo esta carta que nunca entregarei, neste blog que jamais lerás, onde – talvez – seja mais seguro… onde posso me esconder na anonimidade da informação do universo digital {escondido às vistas(??) de todos}!

Mas, mesmo assim, fico preso à luz bruxuliante deste dia gris, desta noite erma e abissal que assola minha mente com a recordação de uma Felicidade tão doce e punjente que até hoje não entendo como pude permitir que ela escorresse por entre meus dedos e fosse levada pelo Vento Norte. Ouço no fundo da minha mente tua voz declarando

“Tu tens que te permitir mais….”

PERMITIR?

PERMITIR!?

PERMITIR?!?!

O QUE MAIS ‘POSSO’ ME “PERMITIR”?!?!
O QUE MAIS QUERES QUE EU ME PERMITA?

(EU me PERMITI deixar PARTIRES!!!)

Mas tenho medo de te pedir para voltar e assim fazer com que vás ainda mais para longe de mim…
E agora fico aqui:> chupando o dedo, pensando na morte da bezerra e no casamento da viúva com a raposa (naqueles dias pálidos onde há chuva-e-sol)!
Com o coração tão comprimido no peito que, às vezes, chego a pensar que ele não mais pulsa… De tanta tristeza que ele carrega fez greve esperando por tua volta!

*Frank J. Costa*

21 junho, 2010

Por isso te perdi…(?)

Originalmente postado em 14 04 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Tenho anotado, em algum lugar, todas as coisas que me escreveste. Umas outras tantas que me disseste, ainda ecoam em minha memória.

Vai daí… Esta minha incapacidade de desvencilhar-me de ti!! És presente nos mais insignificantes pormenores de minha vida… Lembro de ti até dormindo!

Então resolvi me reformular!! Posto eu ser sempre CRIATURA DE MIM! Eu, criador de mim!!!

A versão anterior era muito mais

“Dane-se tudo e todos, que vão todos pro inferno, junto comigo!”.

A nova versão é mais

“que se dane! Tenho direto de ser feliz; nem que seja sozinho!!!”.

Pois não são os mortos de corpo que me assustam e me dão medo… são os de mente e de alma; estes me assustam muito mais!

Presos em suas mortalhas de carne, ossos e frustração! Mascarando suas maldades com um verniz de polidez ácida…

Temo ficar assim!

Temo perder-te ainda mais em mim!

Temo perguntar se ainda me tens em ti…

Nunca mais teu cheiro me acordou!

Nunca mais tua voz meu sono embalou!

Nunca mais me aqueci no teu coração!

Passo frio longe de ti!

Passo fome londe de ti!

Passo da sanidade longe de ti!

Externo meus sentimentos em forma de palavras,

Assim me fragilizo e vulnerbilizo.

Sei demonstrar, declarar o meu amor

e tu, talvez, jamais saiba o bem que me faz,

e o desespero que sinto, ao pensar em viver sem isto.

Tenha a certeza de em cada sorriso,

em cada gesto,

em cada elogio,

e até nas discussões,

sempre estará o meu amor por ti.

Não deixe de me amar,

se for possível,

e perdoe meu jeito de “ser” amor….

É a forma que sei,

é o que tenho a oferecer,

é o meu melhor.

É mais forte do que eu,

continuo… porque eu preciso te dizer:

“Eu amo você”.

“Passarinho, queres tu brincar comigo?”

*Frank J. Costa*



*PRISÃO SEM MUROS*

Originalmente postado em 21 04 2010 no antigo endereço(cartasparaninguem.wordpress.com)

Nada me é tão claro quanto a Solidão

Nem mesmo o ciúme, que vez por outra me acomete, é assim tão explícito.
Minha Solitude ganhou ares titânicos na mesma noite em que senti teu calor, pela vez derradeira, dissolver o frio residente de meu espírito. No momento exato em que teus olhos deixaram de brilhar por mim; para mim!
Neste instante, bem neste, Soledade avivou-se e adentrou – perpetuamente – minha existência (que tornara-se ôca de signos e significados).

Mas ela é indiferente à minha dor e ri-se das parvas e esparsas tentativas por mim feitas de mitigar-lhe a tirania.
Contudo não consigo odiá-la; pois, sendo tu sua causadora, seria-me o mesmo que odiar a ti!

Feito este que é-me impossível!…

Posto serem os recordos que tenho de ti o único motriz que impulsiona meus pulmões a inspiração-expiração.

O lembrar-te: a única Luz que faz-me sorrir nos plúmbeos dias de sol!

Amar-te descompassadamente é o que induz meu coração pulsar empurrando o sangue pelas veias ao ritmo das músicas que juntos cantamos.

Tudo em mim vibra na intensidade justa dos versos e poemas que trocamos, das confidências e segredos que compartilhamos.

Da mão – sempre estendida – prolongam-se dedos tenazes, como vermes-vampiros, partindo em busca de tua carne, teu calor; meu nariz enxerga teu perfume açucenal em cada ser; meus ouvidos sentem tua voz, os sons de teu corpo, mesmo no mais hermético cofre – ou no mais profundo abismo oceânico; minhas pernas e pés não sabem deixar outro rastro que não seja o teu!!

Já não possuo pegadas próprias…

Meus olhos não discernem coisa outra que não seja o reluzir do sorriso franco que ilumina tua face e tantas vezes – mesmo agora – rejubila minh’alma!

Decerto sejas a unicidade de meu contentamento,

de minha consternação e nostalgia também o és!

Saciedade da implenitude de mim!!

E assim perdido, perambulo na vagacidade de meu existir buscando resgatar quiçá o limiar de toda a felicidade que me proporcionaste e que te retribuí tão canhestramente – mesquinhamente -, sempre intentando ocultar minhas deficiências de espírito, meus vícios de caráter.
Meu canyon impreenchível.

Tentei jamais perder-me-te, porém tu te foste para longe do meu lado e eu permaneci aqui:
Prisioneiro da estase provocada pelo amor que dedico a ti…

És, pela Eternidade, meu ópio causador de meu êxtase.

Então??

Preso por vontade” me mantenho.

Isto é tudo que posso fazer: trancafiar-me nesta minha prisão sem muros!!


*Frank J. Costa*


Alan Jackson - Remember When