Miradores

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15 abril, 2015

O DESTERRO DA ILUSÃO

http://molo.me/Frankjkosta

As mãos se juntam - ajustam-se - em busca de proteção. Buscando apoio, suporte.
Deslizam, sussurrantes, apalpam, agarram, arranham.
Dedos superpostos, delicados, alvos...
Alvos incertos do olhar indiscreto que observa e segue.
Assim vai-se, assim fui-me, e nada restou.

E, de minha sacada, contemplo a Escuridão. Pois a lanterna que me iluminava a paisagem, esta eu te dei.
Para que te ilumine em teu caminho, mesmo sabendo que tua jornada te levará ainda mais para longe de mim.
É o que, e quem, eu sou. E EU não poderia ser diferente de mim. De minha essência.
E as luzes da cidade seguem, sem saber pra onde... E vão, assim, iluminando fragmentos de minha solidão...

A noite guarda meus desejos, despejando uma pá de cal sobre eles quando amanhece...
E tudo se acaba no descerrar de meus olhos. Então uma lágrima solitária desce por meu rosto, pela saudade daquilo que sei jamais possuir.

26 fevereiro, 2015

Haiku nº IV












All lovers of the world,
 at some point,
offer the moon as a proof of love.
If, someday,
they realized that the cold glitter
 of the Moon smile is a smirk of disdain...
Is who forgot
 - crazy in passion -
 that even the moon has a dark side...















11 março, 2014

...Tilbake...

 http://kuume.deviantart.com/

Ainda existirá vida em mim?
Encontro-me tão machucado...

Lágrimas em cascatas de desespero.
Agora, de tanto chorar, já vislumbro mais nada.

Sinto... tão vazio... Tão só...

Completo por instantes. Depois...
Como o vento... Que nunca volta na mesma direção...

Luto contra meu luto. Pela alma vazia, que morreu.

Que tem somente esperança.
Eu mesmo, então.

Aproveite e me ame.
Talvez volte um dia.

Se voltar... pronto pra colheita... Volta...



10 março, 2013

Então Assim Ficamos-nos

Então fica-se assim:

Você aí com suas ideias que me ferem, e eu aqui ficando a fingir que me importo com coisas outras que não meu sofrimento, que é nascido do sofrimento que existe em ti.

Mas aí acabamos nisso: em fingir, te firo.

Agora seguimos por caminhos apartados: numa penumbra que obscurece meus sentidos e enxerga o vazio primevo do abismo existente em meu âmago.

Pouco importa eu declarar que qualquer ofensa não fora intencional...

A ofensa foi "feita" e nutro a impressão de que este é o único fato que parece te importar em detrimento de todos os outros, em detrimento da realidade objetiva dos fatos.

Daquilo ocorrido entre nós de tudo quanto se viveu

 É um direito que te assiste e porquanto eu discorde de o usares, recolho-me a minha evidente baixa significância aparente.

Por isso escrevo aqui onde sei que não haverás de ler.

Salvo por alguma fortuidade imprevista...




27 dezembro, 2012

“A verdade é que você chega nesse mundo sozinho, e sai do mesmo jeito.” — Cazuza.



"O sandálo perfuma o machado que o feriu" (Legião Urbana-Mil Pedaços)

Mas e quando o machado são suas próprias escolhas?

Quando o sândalo é a expectativa do que jamais será??



Que se deve fazer?



Hoje o dia foi cinza, vazio, oco.
Hoje fui por onde íamos juntos.
Hoje, tive plena certeza da falta que me fazes...
"tempus mudus ad litteras" diziam os romanos antigos...
Um dia sem cartas, sem sms, sem facemsg. Sem chamadas a cobrar...



E esta saudade estúpida que arranha minha vontade. Esta comiseração galopante que me enche a mente de recordações que não quero evitar, mas preciso.
Mas como evitar se hão lembranças espalhadas por tantos lugares, por tantas vielas?
Como fugir se, quando não são recordações in factu, são ranços de desejos não realizados que me atocaiam pelas esquinas?
Sabia que ia doer, tinha noção da amplitude, mas não sabia com certeza concreta até o peito doer na primeira saída à rua.



Gostaria de desistir, de voltar atrás, mas isso também seria uma fuga.
E não se pode fugir de si mesmo...
Então se tenta comprar alguma ilusão, uma distração qualquer! Mas mesmo isto já não funciona.
Me pus além do véu, farpas de realidade que sempre rasgarão o tênue e delicado tecido das farsas sinceras, das honestas mentiras.
Não sei mais mentir pra mim mesmo, desaprendi a fazê-lo, levei mais de uma década para aprender e não vou retroceder.

"...É que eu já me acostumei

Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei..."



E busco validar minha decisão, nem isso consigo.

Paga-se um preço por tudo quanto se decide, e não há preço 'alto demais', mas existem aqueles que nos atiram à borda do Abismo, aquele lugar cinza onde não se sabe mais o porque de continuar.
É onde me encontro agora, receoso de que o Abismo que encare de volta e veja, no reflexo de seus olhos vazios, a sobra de mim mesmo, soterrada nos escombros de meus fracassos, na turbulência que assola minh'alma e me convence -instante a instante- que apenas a Morte me consolará.



Meus braços possuem um vão, nascido da ausência do teu corpo entre eles.
Minha boca está seca, pela ânsia dos teus beijos.
Meu corpo é frio, porque se viciou no calor que tinha próximo ao teu.
Agora, Tudo e Nada pesam a mesma coisa.
E meu espírito pesa ainda menos.



 Ahemai certamente devoraria meu coração, se ele não estivesse tão negro de mágoas, de dissabores. Tão apodrecido que sequer é digno de passar pela balança de Maat!


"...Com você por perto

Eu gostava mais de mim..." (Legião Urbana-La Nuova Gioventú)


Mas agora? Que você não está mais por perto?
Pois muito de mim é movido a amor, movido a paixão...




“Amamos quem nos ignora, e ignoramos quem nos ama .” 

— garoto-sex. 

12 junho, 2012

POR ONDE ANDAS?...

Já tem um certo tempo, menos que eu gostaria, mais do que me agrada, que um namoro meu afundou.
Ok, situação ruim, ainda mais sendo hoje "dia dos namorados"; embora eu tenha plena fé que "dia dos namorados" são todos aqueles em que as pessoas estão juntas, amando-se, felicitando-se.
Mas dói estar solteiro e ver as pessoas me "afrontando", "aviltando" com sua felicidade, assim como dói se saber rejeitado.

Mas, de tanto remoer minha atual situação, de tanto cavucar minha própria ferida, acabei escrevendo este "poema"; entre aspas porque nunca fui bom com essa coisa de rima-e-métrica, mas o considero um bom retrato de como ando a sentir-me:



Onde anda minha coragem?
Onde anda você?
Donde vem este medo que me domina?
E por falar em razão de viver...
Como sanar esta dúvida:
Onde andam teus olhos, que já não me miram
Olhares que me deixaram sem fôlego tantas vezes...
As lembranças me trazem você.
Onde anda nossa alegria?
Que se ouvia antes de tudo acontecer
Onde a gente era só amizade,
Falando bobagem em qualquer situação.
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em delicado equilíbrio
Ou em total solidão
Na rotina dos dias que vem e vão.
Hoje eu saio na noite vazia
Eu não tenho você
E por falar em saudade, onde anda a canção
pra falar de amor?
Você bem que podia me aparecer,
Nessas horas de dúvida e de solidão,
podia simplesmente vir
e dizer que me ama.
Mas onde anda você?
Onde anda esse corpo
Que me enlouqueceu de prazer
E por falar em paixão...
Onde anda você??





Será??



22 março, 2012

*Hic Lux Esse*


Uma estrela risca o céu devagar; em seu rastro soletro teu nome...
És em minha mente.
Estás comigo todo-o-tempo-todo!

Sofro com sentimentos que não consigo explicar; somente sei não querer outra noite solitária.
Desejando, contigo, noites outras mais!!

Pessoas que conheci? Nenhuma pôde equiparar-se-te, quanto mais vencer-te...
Sei não creres significar tanto para mim.
Mas acredita, isto É assim!

Quis fazer um pedido à cadente: teres muito mais tempo aqui, e, quiçá, ficarmos juntos eternamente!
Mas ela não deu-me qualquer indício...
Penso julgar-me indigno de tal dádiva!
Mas a estrela ignora:
não peço por mim, pois sei que entre nós, somente tu mereces este milagre!

Finda a noite!
O sol abre seu olho;
fecho o meu então,
do teu cheiro lembrando...

Sei nada importar: Danação; Redenção pouco me interessam.

Tendo a ti, qualquer coisa eu suportaria!
Mas o astro decadente sussura em meus ouvidos meu único e absoluto pavor:
Canta que ficarei sem ti...
Ri de mim!

Por conta de minha fraqueza, caio e choro!!

*Frankj Costa*

25 julho, 2010

*fala comigo!!!! (por favorzinho...)*

figura066

Escrevo textos...
Cada um deles, parecidos comigo...
Com meu humor evidentemente trágico e negro!

Há!
Exagero!
Eu apenas falo de dor!
A dor que só quem ama mais do que admite pode sentir!

Levando em consideração a forma que sou...
Até que exponho bem meus sentimentos!
Mas sei ser parva minha 'caligrafia' perto da torrente de tua literária graciosidade.

Sinceramente, sei não escrever tão bem quanto tu...
Não tenho tua alma lírica, nem tua leveza de espírito!
Sei que apenas faço eco ao passado!

Bem... passado, presente e futuro são como todo o resto: dependem da perspectiva pela qual se olha.
Meu passado é muito presente, mas porque eu QUERO que seja assim:
tenho lembranças boas demais pra permitir que ele "passe"...

Por isto me agarro a ele como se fora meu único bote salva-vidas (e há momentos que tenho certeza de assim ser!!!)
Não tenho medo do futuro, sequer tomo consciência do presente; mas é no meu 'pretérito mais-que-perfeito' que residem os momentos mais radiosos, se não sublimes, que jamais pensei viver um dia!!!

Então meu passado contigo tornou-se minha régua, meu peso e minha medida pelas quais enxergo e avalio o mundo que me cerca e empareda!!
Entendes minha confusão? Pareço fazer referência à outra coisa que não consegui perceber?
Ou isto é claro para ti?!

Isso que dá 'falar' com gente paranóica como eu!
Num instante sou teu servo mais leal,
no seguinte teu inimigo mais letal!
Mas em tudo isto há (SEMPRE) o amor que te dedido!

Boa noite e sonhos bons!
Pois de pesadelos...
Sei bastarem os meus!

*frankj kosta*

24 julho, 2010

*petrus sum, acqua est*

Minhas mãos não têm-te, não sinto mais esta alegria,
Mantenha a calma...leve, escura e sem sonhos!
Muito abaixo do abismo!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Não quero, mas não consigo NÃO sentir nada por ti!
Fico de luto por mim...

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Nada consegue empalidecer o amor que sinto!
Perdi-me pelos caminhos... E todos me levam a ti!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Quero ser como tu!
Que as barreiras derretam e nos deixem à sós novamente...


Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Sussurrando...
Assombrando...
Creio que nosso amor nos poderá ver através da morte!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Deixe-me cuidar de ti.
Quero estar no chão frio contigo, há espaço para dois lá!
Não não sofro por ti! Eu sei: ainda irei por ti!
Sem você aqui em meus braços, minha vida não é...

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Tu não estás só!!!
Não importa o que façam, o que digam!
Você não está só!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Estarei (para sempre) a teu lado!!
Sei que lembrará disto; de mim!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Nos deitaremos em meio a uma felicidade silenciosa!
Na bruma que disfarça o mar...



*frankj kosta*