Miradores

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13 abril, 2015

Do tempo que não-tempo tem.

http://www.publico.pt/local/noticia/o-tempo-ao-contrario-1691706


O tempo do não-tempo chegou.
Aquele trazido no fogo do coração da Estrela.

Gaia e toda a vida atravessa a linha de um tempo que é não-linear, dádiva celestial.
Tudo convergindo num único tubo de Luz mergulhando nas profundezas da Escuridão; perdendo-se nela para nunca mais.

Em que tempo estamos nós? Atravessando o tempo do não-tempo.

Estamos no olho do furacão, atravessando mares nunca d'antes navegados.
Estamos numa encruzilhada: autodestruição ou transformação.

Qualquer parada, um terremoto, qualquer partida um tsunami.
No Tempo do Não-Tempo não existem meias-verdades, tudo é sempre para nunca mais.

Em que tempo estamos nós? Atravessando o tempo do não-tempo.

E a Escuridão dobra-se sobre si mesma e vomita ainda mais Luz...
que perde-se em meio a escuridão nascida de si própria.

O Tempo do Não-Tempo chegou.
E nada será para sempre, pois a eternidade não existe mais.

24 julho, 2010

*petrus sum, acqua est*

Minhas mãos não têm-te, não sinto mais esta alegria,
Mantenha a calma...leve, escura e sem sonhos!
Muito abaixo do abismo!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Não quero, mas não consigo NÃO sentir nada por ti!
Fico de luto por mim...

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Nada consegue empalidecer o amor que sinto!
Perdi-me pelos caminhos... E todos me levam a ti!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Quero ser como tu!
Que as barreiras derretam e nos deixem à sós novamente...


Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Sussurrando...
Assombrando...
Creio que nosso amor nos poderá ver através da morte!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Deixe-me cuidar de ti.
Quero estar no chão frio contigo, há espaço para dois lá!
Não não sofro por ti! Eu sei: ainda irei por ti!
Sem você aqui em meus braços, minha vida não é...

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Tu não estás só!!!
Não importa o que façam, o que digam!
Você não está só!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Estarei (para sempre) a teu lado!!
Sei que lembrará disto; de mim!

Odeio:
respirar sem ti!
viver sem ti!

Nos deitaremos em meio a uma felicidade silenciosa!
Na bruma que disfarça o mar...



*frankj kosta*

24 junho, 2010

Vox Meii

Originalmente em 05 02 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Ocaso

Ouvirás minha voz antes de teu derradeiro Crepúsculo
E nas trevas cairás,perecerás
Ouça a minha voz, minha sentença

Ouça-me e perca-se-me

Minha voz será o teu requiem
Teu convite para a Morte e apelo
Para teu infortúnio eterno

Ouça-me e perca-se-me

Nas trevas sonharás
Antes do último Ocaso
Antes que a Lua surja

Ouça-me e perca-se-me

Morrerá em ti a minha lembrança
E tua vida em mim como a palha secará
Meu requiem de Morte e desterro

Ouça-me e perca-se-me

Adeus aos beijos, às canções!
Sou carrasco de Cartas jamais escritas
A saudade é a sombra do tempo em que tua sede era saciada na minha boca
Não mais!

Ouça-me e perca-se-me

Ao fechar o dia perecerei
Tua lembrança, ao amanhecer, em mim fenecerá
Minha lembrança, em ti, findará

Ouça-me e perca-se-me

Putrefaço sozinho,
na esperança de ficarmos
juntos novamente!!

Ouça-me e perca-se-me

*Frank J. Costa*

Crepúsculo

22 junho, 2010

Litania de Silêncio

Originalmente posta em 12 03 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Rua do Silêncio

Ai de mim…
O Silencio fala: de mim, comigo, para mim, mas não por mim!
Ele não te fala da saudade que me devora as entranhas… Não te conta da esperança que nutro no meu âmago!!

Estes dois pólos entre os quais gravito e que recitam insistentemente a mesma cantilena:

Ai de ti…! Quando as estrelas todas se houverem apagado e tudo existir na mais profunda escuridão… A lembrança de sua voz será a única coisa a garantir-te tranqüilidade em tua vida. Neste abismo caótico que se oculta sob a mansa e ilusória placidez da superfície da tu’alma… Ai de ti… O turbilhão incontrolável que te move para frente e simultaneamente paralisa a mente dilacerada que já não possui, agora, sequer o mais tênue rastro de autoconsciência. Tão aturdida que encontra-se; presa do abismo intransponível da autocomiseração insidiosa, “desmisericordiosa” ate! Ai de ti!! Que choras a sombra dos desejos jamais realizados. Das glorias nunca cantadas. Ai de ti: que te tens deixado perder nos temporais da angustia muda, detentora de mil gritos teus, possuidora de clamores infindáveis…

Ai de mim… Ai-de-mim…
Pois inexorável a canção prossegue; e eu, que aguardo teu retorno que nunca chega; tua presença que nunca me basta…

*Frank J. Costa*

21 junho, 2010

Por isso te perdi…(?)

Originalmente postado em 14 04 2010 no antigo endereço (cartasparaninguem.wordpress.com)

Tenho anotado, em algum lugar, todas as coisas que me escreveste. Umas outras tantas que me disseste, ainda ecoam em minha memória.

Vai daí… Esta minha incapacidade de desvencilhar-me de ti!! És presente nos mais insignificantes pormenores de minha vida… Lembro de ti até dormindo!

Então resolvi me reformular!! Posto eu ser sempre CRIATURA DE MIM! Eu, criador de mim!!!

A versão anterior era muito mais

“Dane-se tudo e todos, que vão todos pro inferno, junto comigo!”.

A nova versão é mais

“que se dane! Tenho direto de ser feliz; nem que seja sozinho!!!”.

Pois não são os mortos de corpo que me assustam e me dão medo… são os de mente e de alma; estes me assustam muito mais!

Presos em suas mortalhas de carne, ossos e frustração! Mascarando suas maldades com um verniz de polidez ácida…

Temo ficar assim!

Temo perder-te ainda mais em mim!

Temo perguntar se ainda me tens em ti…

Nunca mais teu cheiro me acordou!

Nunca mais tua voz meu sono embalou!

Nunca mais me aqueci no teu coração!

Passo frio longe de ti!

Passo fome londe de ti!

Passo da sanidade longe de ti!

Externo meus sentimentos em forma de palavras,

Assim me fragilizo e vulnerbilizo.

Sei demonstrar, declarar o meu amor

e tu, talvez, jamais saiba o bem que me faz,

e o desespero que sinto, ao pensar em viver sem isto.

Tenha a certeza de em cada sorriso,

em cada gesto,

em cada elogio,

e até nas discussões,

sempre estará o meu amor por ti.

Não deixe de me amar,

se for possível,

e perdoe meu jeito de “ser” amor….

É a forma que sei,

é o que tenho a oferecer,

é o meu melhor.

É mais forte do que eu,

continuo… porque eu preciso te dizer:

“Eu amo você”.

“Passarinho, queres tu brincar comigo?”

*Frank J. Costa*