Miradores

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25 julho, 2014

InSoMnIaC





Várias madrugadas não consigo dormir.
E, suspirando, contemplo mais outra alvorada vir.

Qualquer bobagem mesmo, vem e me tira ao sono.
Coisas que aconteceram, outras que eu invento.

E penso, amargamente, que; por mais belas que sejam, são palavras.
E, talvez, mentiras.

Porque escolher acreditar no errado?
Duvidar do certo, valorizar o falso?

E, afogado nestas dúvidas, meu sorriso murcha, morre o brilho do meu olhar.
E me enrolo no cobertor, sofrendo de abstinência pela falta que teu abraço me faz.


26 agosto, 2012

*Se Fue*

Extinguiu-se o fogo, e com ele foi-se o frio que me fazia procurá-lo.
Resta, tão-somente, um vazio...
Que não dói, que não fala, que não canta, que não cala!

Resta apenas uma mão renegada, que permanece pensa, suspensa num vácuo ilimítrofe.
Resta uma saudade, como ferida que não cicatriza,
mesmo após cauterização.

E já ela também não me causa dor, estando os nervos da alma atrofiados.
Resta um respirar que não desejo...
Fica uma ânsia-de-ser que não quero mais.

Adeus, amor que tive...
Registrado em antigas cartas,
uma certeza na confiança.

Criação estática que leva-me à depressão:
Ao exagero da fome.
Uma eternidade com flores, imorredouras

Plena de incertezas jamais incondicionais,
julgo meu coração em momentos nos quais a Morte,
torna-se veneno da vida, não sua libertação.


Marilyn Manson - The Dope Show

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10 março, 2011

*Queda de Mim*

Estou morrendo...

Comecei a morrer na noite na qual fui apartado de ti:
Sem chão de estrelas; sem dia branco; sem margarida!

A cada dia, um pouco mais de mim se ia: a luz dos meus olhos; a alegria de meu riso; a leveza de meu espírito; a felicidade de minha alma; a bondade de meu coração!

Agora mais de mim irá: a boa-vontade de meu caráter; a amizade de minha índole; a sanidade de minha mente; a saúde de meu organismo!

Então, serei uma massa vulgar: sem esperança em minha existência; sem expectativas em meu horizonte; tendo perdido Pneuma, deixo de ser Soma, sendo apenas Sarx!

Aos poucos, míngua em mim a chama da vida!
Profetizo o Momento da Queda de Mim!

A exata hora em que não poderei mais cavar motivos; desculpas; justificativas para continuar respirando...
Instante este em que nada é tudo que me restará!

Assim, pararei!
Alento deixará meu corpo; o Hálito se exaurirá...

Inerte, alcançarei minha extinção!
Jazerei na cova fria do oblívio: local onde permanece todo aquele que a Vida se tenha acabado antes do final!

Lugar ermo onde apenas o Inverno existe; onde o Sol não brilha jamais, a não ser para lembrar a seus moradores - com brilho cegante e calor abrasador - que sua danação, infinita, é eterna!

Que jamais se encontrará em tal lugar qualquer traço ou vestígio de compaixão; quiçá piedade!
Onde a sede não será saciada, a fome não será mitigada!

Pradarias vastas, cobertas por céu plúmbeo, atulhado de anjos disformes a cantarem em uníssono: lembrando-me sempre, mais e de novo, a miséria titânica que se assomou sobre mim desde o momento em que partiste para outras paisagens, mais verdes, mais elísias.

Asseverando a tirânica saudade que me consome, pouco-a-pouco e me levará à Morte: entregar-me-á a seus braços; a quem abraçarei sofregamente.
Desejando que aquele Ente fosses TU!

E, preso nesta ilusão auto-imposta, fecharei meu olhos e morrerei novamente.
Levando comigo minha única jóia, meu único valor: a recordação e a lembrança de ti!
Dissolvendo-me na imensidão do vazio!

*FrankJ. Costa*