Embalo-me no vazio que a tua ausência invade.
Mergulho na escuridão, triste e desamparo.
Titubeio pelas memórias restantes do passado,
Onde outrora sorriso brilhava, encantado.
Jaz, ora, apenas um eco de dor e desalento,
Pois a morte do amor me deixou desolado.
Te abandono agora, mas a alma permanece:
Inerte, buscando um alento que desvanecente.
O tempo se arrasta, implacável,
Enquanto a solitude insiste na insaciedade.
A solidão me consome, tal fogo que ardente,
Deixa em mim apenas um vazio covarde.
E a Morte, que sussurra em cada esquina,
Enquanto perambuleio, imploro por nova sina.
Nos abandonamos, agora, nas entrelinhas do destino,
No desatino das certezas em que fomos presos.
Na vacuidade de nosso peito, ecoa um grito silente,
Pleno de um lamento, por um amor já findo.
E, no adeus de hoje, cavemos forças para (re)começar,
Um amor, uma dor, uma vida.
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