17 julho, 2010
*Esquina de Lugar Nenhum*
O céu chora nesta tarde de sol!
Sei que o faz por mim...
Pois conhece meu medo de começar e não conseguir conter jamais a torrente de lágrimas que se avolumam em meus olhos; doridos – em profundo – da ausência que me farás!
Do abismo que tua partida cavará em mim...
E aqui me encontro: nu defronte ao espelho!
A luz fecha-se sobre ti. Com ela vão-se os últimos resquícios de sanidade!
Mas a lembrança continua aqui: qual fera acuada a arranhar as paredes da jaula; embrutecida demais para dar-se conta dos ferimentos que sua angústia causa a si...
Sigo em frente, tateando na escuridão nascida de tua falta!
Iludindo-me em braços outros, enganando-me com outros timbres!
Mitigo minha sede de ti bebendo de outras fontes sem (jamais) saciar-me!
Restando-me, apenas, viver neste limiar obscuro entre a inexistência e o nada; vivendo de tudo que não te disse!
Danei-me para todo o sempre no momento em que disse “TE AMO!!”.
Também Sei não adiantar o arrependimento... Não há volta!!!
Às vezes, na rua, um olhar, uma orelha, um nariz, uma mão me farão lembrar-te; pois não sei fazer mais nada que não seja TE AMAR!
És gravado a-ferro-e-fogo na memória e no coração...
Sempre esperançoso de ter-te novamente comigo; e contigo ter de volta a parte de mim que ri, canta e dança com toda a alma; a plenos pulmões; até a exaustão...
Permaneço aqui, nesta esquina de lugar nenhum, esperando um trem que não chega; um avião que não pousa; um navio que não ancora!
Aqui fico Eu! Por Ti esperando!!
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O jeito é correr para lugar nenhum bem rápido.
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